Foram apresentados os resultados do questionário efectuado recentemente à comunidade do surf, pela Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESDP). Entre outras conclusões, sabe-se que 86% dos surfistas portugueses querem ver ordenada a actividade nas praias, uma vez que 68,8% sente que existem barreiras e dificuldades ao exercer aí a sua actividade.
No questionário «Gestão e Regulamentação das Praias Portuguesas: Perspectivas dos Utilizadores», verificou-se que num universo de 803 respostas 685 eram de surfistas e as restantes de escolas de surf e treinadores dos quais a maior parte de praticantes de Cascais, Lisboa ou Peniche, tendo Funchal, Nazaré ou Sines ficado com uma pequena percentagem de apenas 5%.
Analisado no ambiente que a modalidade vive hoje em dia, 59,3% dos surfistas pede fiscalização mais regular e eficaz no que respeita, principalmente, às escolas de surf. Houve, por exemplo, um universo de 53% que julga ser o cálculo das capacidades de carga e limite de número de escolas essencial. Um universo de 40,7% votou na presença de auxiliares de treinadores, e 38,9% sugeriram maior cooperação entre o ISN (Instituto de Socorros a Náufragos) e operadores.
No entanto, no que respeita ao estado do sector competitivo para jovens surfistas, 42,2% estão satisfeitos, sendo o surf a modalidade mais praticada – 66% (19% bodyboard; 11% Longboard). E quando questionados acerca do que os leva a escolher uma praia em detrimento de outra, os surfistas, que na sua maioria (52%) têm duas a três pranchas, responderam que primeiramente importa a qualidade das ondas, e o crowd.
Na apresentação realizada em conjunto com a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), no Edifício Municipal Multiusos da Ericeira, foram igualmente apresentados projetos que irão desenvolver e ideias de actuação para 2019. Sendo que a sessão foi aberta ao público, que encheu o auditório, e contou com a celebração oficial do protocolo de cooperação com a APECATE, representada pelo seu presidente, António Marques Vidal.
No evento, além de ter sido reforçada a “necessidade de união entre as escolas de surf, através da AESDP, para que se atinja uma maior profissionalização do sector e se protejam os interesses destes agentes no ordenamento das praias no futuro”, como se pode ler no comunicado, os surfistas foram alertados para a importância das escolas de surf se “associarem à AESDP, que mantém até ao final deste ano uma promoção especial de 50% no valor da quota e oferta da joia de inscrição”.
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