A Comissão Europeia (CE) propôs recentemente um plano plurianual para defender os stocks de pescado nas águas ocidentais, tendo em conta a frota da Bélgica, Alemanha, França, Irlanda, Espanha, Portugal e Reino Unido no Oceano Atlântico. Com o objectivo de restabelecer e manter os stocks em níveis sustentáveis, a proposta pretende também garantir a viabilidade social e económica dos pescadores que operam na região.
“Esta proposta para um plano plurianual para as águas ocidentais visa sustentar a busca pela sustentabilidade social, económica e ambiental a longo prazo nesta muito importante bacia marítima. Um crescente número de unidades populacionais nas águas ocidentais pesca de forma sustentável, temos visto os rendimentos dos pescadores e de suas famílias aumentarem. Este plano permitirá continuar o desenvolvimento positivo rumo a uma pesca sustentável, com soluções adaptadas às necessidades específicas dos pescadores”, explicou o Comissário Europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella.
O plano abrange unidades populacionais de peixes pelágicos, ou seja, peixes que vivem e se alimentam no fundo do mar, pois estas espécies também trazem um rendimento significativo para o sector das pescas. Em 2018, as possibilidades de pesca para as águas ocidentais estão fixadas em mais de 400 mil toneladas, ao abrigo da política comum das pescas da UE. E este plano permitirá que as organizações regionais de gestão recomendem medidas específicas adaptadas às suas pescas.
As principais propostas são simplificar a gestão das pescas sob um quadro regulamentar principal, que permitirá também uma certa flexibilidade para gerir pescas mistas, especialmente propostas para os stocks pelágicos comercialmente mais importantes, como é o caso do bacalhau. E permitirá que as disposições relativas às obrigações de desembarque e às medidas técnicas de conservação sejam apresentadas pelo Conselho Consultivo de cada região.
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A Comissão continua a dar o tiro ao lado.
A pesca é responsável entre 30% a 35% do estado dos recursos porque a Comissão não obriga a que os arrastões tenham as grelhas de seletividade, porque não impõe malhas mínimas de 100mm para as redes fixas, porque não limita a malhagem das armadilhas para peixe a 80mm e não define o tamanho do anzol para a espécie alvo.
Mas os 70% de impacto nos recursos são o nosso comportamento em terra pois em termos individuais quantos produtos utiliza por dia entre lavagens e cosméticos?
Qual o impacto do amento da produção do vinho em termos globais? e o efeito dos milhões de toneladas do protetor solar no zooplâncton ? e as industrias? fácil é não fazer nada pois os ditos cientista estão sempre a reduzir a possibilidade de capturas mas quando não houver nada para reduzir é tarde demais. Esperemos que todos lutemos para que a Comissão e Estados Membros acordem para esta triste realidade. Temos produtos a mais e somos responsáveis pela conservação da atual biodiversidade