Antecipando a reunião na IMO prevista para a próxima semana, a Câmara Internacional da Marinha de Comércio adiantou algumas propostas em prol de um acordo sobre a redução de emissões de CO2 pelo transporte marítimo global
Hapag-Lloyd

A Câmara Internacional da Marinha de Comércio (ICS, na sigla inglesa) considera que os Governos devem contribuir para que a Organização Marítima Internacional (IMO, no acrónimo em inglês) adopte uma estratégia de redução de emissões de CO2 pelo sector do transporte marítimo que vá ao encontro das metas do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Esta posição consta de um comunicado da ICS divulgado ontem, no qual a associação considera que os Estados devem demonstrar mais vontade de assumir um compromisso nessa matéria do que até aqui, sob pena de colocarem em risco uma estratégia de alcance significativo e surge a poucos dias de uma importante reunião do Comité de Protecção do Ambiente Marinho da IMO (MEPC 72).

A falta de um compromisso nesta matéria “minaria fortemente a autoridade da IMO e a sustentabilidade futura da indústria do transporte marítimo”, admitiu Esben Poulsson, CEO da ICS.

Para a ICS, a redução das emissões de CO2 no sector entre 70% a 100% até 2050, conforme sugerido por alguns Estados membros da União Europeia (UE), é uma tese pouco susceptível de reunir consensos. Em vez disso, a ICS considera que pode ser tentada uma redução de 50%, que já implicaria uma melhoria da eficiência dos navios, designadamente com a generalização de combustíveis de emissões zero de CO2, sobretudo quando se prevê um crescimento do comércio mundial.

Uma proposta semelhante ao que o Japão já propôs e que pode ter o apoio da China se os Estados membros da UE estiverem dispostos a comprometer-se. E que poderia ser um sinal importante para o sector, sendo suficiente para estimular o desenvolvimento de combustível de zero emissões de C02, rumo a uma redução de 100% no CO2 algures entre 2050 e 2100, na linha da visão ambiciosa que a IMO deve ter.

 



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