O ano de 2017 foi de recordes climáticos. Desde a maior média do nível médio das águas do mar, (mais 77 mm, desde 1993,quando começou a era da altimetria por satélite), à temperatura média das águas mais elevada num prazo de três anos.
Recorde-se, por exemplo, o fenómeno El Niño, que elevou o CO2 a um nível não observado em 800 mil anos, ou a mais ampla oscilação dos extremos de precipitação, com áreas em seca prolongada e outras com precipitações notáveis, como por exemplo durante o Ciclone Tropical Severo Debbie na Austrália e Nova Zelândia, e o Furacão Harvey, nos Estados Unidos da América.
A própria concentração de dióxido de carbono na superfície da Terra foi a maior registada até hoje, mais 2,2 ppm (parts per million) do que em 2016, sendo que a taxa de crescimento global do CO2 quase quadruplicou desde o início dos anos 60 do século passado. Bem como o aumento dos níveis médios globais de metano e de óxido nitroso, que subiram.
No Árctico a situação continuou a agravar-se em 2017. As temperaturas médias em terra continuaram a aumentar, a um ritmo que é o dobro do resto do mundo, e registou-se menos 8% (na média de 1981–2010) de extensão de gelo marinho, medido por satélite, tornando-se a extensão máxima mais baixa em 38 anos de registos.
Estas são conclusões do recém-lançado relatório do Estado do Clima da American Meteorological Society de 2017, para o qual contribuíram 500 investigadores de todo o mundo, supervisionado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).
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