O impacto económico da edição de 2017/2018 da Volvo Ocean Race (VOR) na Comunidade Valenciana foi de 96 milhões de euros, revelou recentemente um estudo da consultora PriceWaterhouseCoopers (PwC). O que, segundo a VOR, se deve ao comércio e ao sector da restauração, os sectores mais beneficiados, tendo obtidos de receitas mais de 10 milhões de euros cada um.
Alicante recebeu mais de 300 mil visitantes entre 11 e 22 de Outubro, e por isso também a sua repercussão mediática gerou 36 milhões de euros (marca Alicante), sendo este o evento que levou mais visitantes a Alicante, acima de festivais de música ou eventos desportivos. Números que representam um grande crescimento face a 2014/2015 – mais 10,3% de visitantes e mais 7,6% de PIB. Sendo que se estimam mais de 40 milhões de euros de efeito positivo sobre a contribuição fiscal.
“Além dos números que reforçam o êxito do evento, nesta edição crescemos exponencialmente em muitas áreas. A primeira, a empresarial, pelo notável crescimento de convidados corporativos. A segunda é a social, pelo grande êxito que teve o pavilhão da Comunidade Valenciana, que se converteu num fórum que acolheu inúmeros representantes locais, bem como o destacado foco que teve o Race Village. E a terceira é a sustentabilidade, não só pela mensagem transmitida para cuidar dos oceanos, como pelo compromisso concreto que se gerou”, referiu Antonio Bolaños, Director da VOR.
Alicante foi o porto de partida da volta ao mundo à vela nas últimas quatro edições da regata e será novamente nas próximas duas edições. A cidade também alberga a sede da organização desde 2010 e, desde 2011, o Volvo Ocean Race Museum, que em 2017 quebrou o seu recorde anual, registando mais de 73 mil visitas.
Adicionado a este sucesso, a VOR comemorou 45 anos de mulheres nas corridas, no dia Internacional da Mulher, num evento em Auckland, na Nova Zelândia. Organizado pelo Magenta Project e apoiado pelo fornecedor da VOR, GAC Pindar, o evento viu mulheres icónicas subir ao palco para partilharem as suas experiências em corridas do passado e reflectirem sobre o futuro perante uma multidão de mais de 200 participantes.
Abby Ehler, velejadora e co-organizadora do evento, perguntou “quanto tempo demora até que existam tantas mulheres como homens, com a quantidade certa de experiência e habilidades, a competir no alto nível da navegação offshore?” e respondeu dizendo que “a resposta está nesta sala e nos que dispõem da indústria da vela”.
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