O Presidente da República conferiu ontem, na Academia de Marinha, carácter de urgência à explicitação da estratégia nacional para o mar e à sua partilha com os portugueses, sob pena de as oportunidades que esta pode gerar serem aproveitadas por outros.
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que “havendo um consenso natural quanto à estratégia nacional para o mar, só nos falta o mais importante: explicitá-la e fazê-la partilhar permanentemente com os portugueses, transformando-a em realidade viva e conferir-lhe a urgência das escolhas inadiáveis”.
Uma urgência que, se não for assumida, pode levar a que “desaproveitemos ensejos únicos, deixando a outros a primazia onde ela devia ser nossa”, referiu, acrescentando que “a geopolítica, como a economia ou a ecologia, não conhecem vazios; há sempre quem preencha a lacuna criada por outrem; é tempo de não perdermos tempo”.
A intervenção foi feita numa sessão solene destinada a atribuir, pela primeira vez, o colar de Presidente de Honra da Academia de Marinha a um Presidente da República. Uma distinção que decorre de uma alteração aos estatutos desta academia já aprovada em Conselho de Ministros e que entrou em vigor em 1 de Janeiro deste ano.
- Só a criaçãode um Escol pode dar Vida Nova a Portugal
- Portugal: Visão Estratégica vs Cabos Submarinos
- Portugal como nó Crucial de Amarração de Cabos Submarinos
- Portugal e a (In)Segurança Energética no Golfo da Guiné
- Mar: Governo não tem conhecimento para tomar as melhores decisões
- O Mar, o gás e as inesperadas harmonias no Mediterrâneo Oriental
- Cooperação e Defesa na CPLP
- O afastamento do Reino Unido de África