Ex-CEMA Almirante Melo Gomes coordenará o grupo de trabalho
EMEPC

A ministra do Mar anunciou ontem a criação (por Despacho de 21 de Abril) de um Grupo de Acompanhamento da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), que será coordenado pelo Almirante Melo Gomes, ex-Chefe de Estado-Maior da Armada. O anúncio foi feito durante uma intervenção na conferência sobre «O Direito e a Economia do Mar», que decorreu na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Segundo apurámos junto do Ministério do Mar, o grupo é composto por um elemento do Gabinete da ministra do Mar, um da EMEPC, um do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), um da Direcção-Geral de Política do Mar (DGPM), um da Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), um do Governo Regional da Madeira, um do Governo Regional dos Açores, um do Ministério da Defesa e um do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

De acordo com o Ministério do Mar, o objectivo de criar este grupo é dar um novo impulso à EMEPC e reforçar a sua equipa num momento decisivo em que se prepara a discussão nas Nações Unidas da complexa proposta portuguesa de extensão da sua plataforma continental, que arrancará no próximo dia 14 de Agosto.

 



3 comentários em “Ministra do Mar cria grupo de acompanhamento da EMEPC”

  1. Fernando Braz de Oliveira diz:

    Nesta fase crítica da candidatura é com agrado que constacto esta nomeação por parte da Senhora Ministra do Mar.
    Esta nomeação revela a importância estratégica para Portugal de tão importante candidatura, e é por isso relevante que se afirme com toda a firmeza, e se reforce o esforço que tem vindo a ser feito, de forma excelente, pela equipa da EMEPC e por todos aqueles que acreditam em equipas e em profissionalismo.
    É sim este o momento para se fazer tudo o que nos é possível e agregar os melhores para que nada falte.
    Mais grave seria se à posteriori se verificasse que muito poderia ter sido feito. Assim e para que não restem dúvidas actua-se de forma pre-emptiva para que mais tarde ninguém se possa queixar que muito poderíamos ter feito.
    A escolha do senhor Almirante Melo Gomes para a coordenação deste grupo é não só exemplar como elucidativa da importância que este processo tem para a afirmação da nossa soberania no mar. O Senhor Almirante Melo Gomes é sim o Homem certo para nesta fase decisiva conjugar e agregar todos os esforços em torno da nossa candidatura. O seu profundo conhecimento da matéria, as suas características pessoais e o reconhecimento nacional e internacional que lhe é devido são por si só o garante de um trabalho de excelência. A sua experiência quer das matérias relacionadas com a soberania Nacional quer as suas características pessoais de liderança e diplomacia são uma mais valia para o impulso certo e o reforço adequado a esta candidatura.
    Tive o privilégio de trabalhar com o Senhor Almirante e sei que apenas lhe devo desejar muita sorte, pois todo o profissionalismo e visão estratégica necessários tem-nos intrínseco na sua vida que sempre dedicou a servir o nosso País.
    Tem todo o meu apoio e reconhecimento para bem servir os superiores interesses de Portugal. Bem haja senhor Almirante a si e toda a sua equipa. Bons ventos e Mar de feição e que as tormentas sirvam apenas para glorificar os resultados!

  2. jaime gaspar diz:

    Muito bem explicado caro Joao Rodrigues!!!! O que se le da nomeação é que nao ha confiança na Estrutura … Se não ha confiança demitam-na!!!! Ou será que ha “intocaveis”?

  3. Joao Rodrigues diz:

    A Sr.ª ministra, que se diz ser do mar, está definitivamente apostada em destruir um projeto que nem faz ideia do que é. Por várias razões:

    1º Colocou as chefias da EMEPC nas mãos de boys/girls, sem qualquer experiência na matérias.
    2º Continua a referir publicamente que o processo junto da Comissão de Limites da Plataforma Continental é um processo negocial. Talvez assim pense que consegue justificar a nomeação de chefias que não fazem ideia do que o processo é.
    3º Apesar de ter apoiado na Assembleia da República a eleição de um candidato português para a Comissão de Limites da Plataforma Continental, como vantagens evidentes que só ela não vê, faz agora tudo o que lhe é possível para não apoiar a candidatura.
    4º Em 2004 entendeu-se que este projeto não ia lá com comissões interministeriais e criou-se uma estrutura de missão. Hoje, a 3 meses do início da apreciação do projeto, considera que uma comissão interministerial é a solução para o problema.

    Parece estranho que ainda ninguém tenha percebido que este processo entrou numa fase não faz sentido estar no ministério do mar, mas antes no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Trata-se de delimitação de fronteiras, que nos países civilizados, e cá, é da competência do MNE, a ser defendido junto das Nações Unidas, cuja liderança deveria ser assegurada in loco pela Missão de Portugal junto das Nações Unidas.

    Como cereja em cima do bolo, em vez de um embaixador, por exemplo que que tão bem promoveu a candidatura do eng.º Guterres a Secretário Geral das Nações Unidas, é nomeado um almirante que, além de não perceber nada do projeto de extensão, também nada percebe de diplomacia…!

    Os portugueses, os nossos filhos e gerações futuras, não merecem uns políticos tão maus!!

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