A MSC Cruzeiros começou a construir a Ocean Cay MSC Marine Reserve, a partir de uma ilha com 3.475 metros de costa situada a sul de Bimini, nas Bahamas, a 104 Km de Miami (Flórida), concebida agora para ser um destino natural “exclusivo para os viajantes da MSC Cruzeiros a partir de Novembro de 2018”, quando ali passarem a fazer escalas regulares, informou a empresa.
Antigo local industrial de extracção de areia, o local deverá regressar ao seu estado natural original, anterior à sua exploração comercial. Para começar o desenvolvimento do projecto, houve necessidade de limpar a ilha de todas as infra-estruturas industriais existentes.
“A ilha dispõe de alguns dos melhores areais de aragonite no mundo e, quando os trabalhos estiverem terminados, as suas águas ficarão novamente repletas de corais e de uma vida marinha bastante rica”, refere a MSC Cruzeiros. E tem quatro praias em enseadas e cinco praias de classe mundial, “cada uma com ambiente, ambiência, personalidade e objectivo diferentes”, refere a empresa.
De acordo com a empresa, a intervenção incluirá um plano paisagístico abrangente, com “plantação de uma grande variedade de árvores, ervas, flores e arbustos indígenas das Caraíbas na ilha, que regressarão ao seu exuberante habitat natural”. “Uma grande percentagem do orçamento do projecto é dedicado ao programa de plantação que vai incluir cerca de um quarto de um milhão de plantas”, refere a MSC Cruzeiros.
“Como testemunho da nossa capacidade de inovação, serão construídos um cais e um porto dedicados que permitirão aos nossos navios atracar directamente na Ocean Cay MSC Marine Reserve”, tornando a ilha “uma perfeita extensão do navio”, considerou Pierfrancesco Vago, Executive Chairman da MSC Cruises.
Para proteger e preservar a natureza da área, “a ilha será rodeada por 84 milhas quadradas de reserva marinha, sendo permanentemente protegida da prática de pesca ou qualquer outro desenvolvimento que altere o habitat aquático, excepto quando necessário para acompanhamento científico”, esclareceu a empresa.
Segundo informou a MSC Cruzeiros, “a ilha terá disponíveis infra-estruturas sustentáveis de última geração e será auto-suficiente, com reaproveitamento total de toda a água”, além de passar a ter “uma quinta solar, abastecimento de água através de osmose reversa, utilização de ventilação natural, LED e controle de padrão de iluminação, tratamento e reutilização avançada de águas residuais”.
Este projecto “faz parte do plano de investimento sem precedentes” de 9 mil milhões de euros da MSC Cruzeiros, “que inclui a construção de 11 novos navios inteligentes de próxima geração, que entrarão ao serviço entre 2017 e 2026”, refere a empresa.
Com este projecto, a empresa pretende aumentar “substancialmente o já forte investimento do Grupo na economia das Bahamas, proporcionando também, a longo prazo, novas oportunidades de emprego para a população local”, referiu Pierfrancesco Vago na cerimónia oficial de lançamento da intervenção.
- Neptune Devotion investe 3 milhões em novo estaleiro no Porto de Aveiro
- Boatcenter: para uma mais democrática e intensiva fruição do mar
- Lindley: êxito na internacionalização não depende apenas de bons produtos
- Renato Conde e a ciência de um Português na Taça América
- O renascimento da construção marítimo-turística em Portugal
- Não basta esperar, é preciso também saber fazer regressar os turistas a Portugal
- Náutica de Recreio: do grande potencial económico às razões do paradoxal desastre actual
- Discoveries Race 2019