A camada de gelo do Árctico atingiu os 4,14 milhões de metros quadrados no passado dia 10 de Setembro, o segundo valor mais baixo desde que há dados por satélite (1978), a par do valor de 18 de Setembro de 2007, e acima do mínimo recorde registado de 3,39 milhões de quilómetros quadrados em 17 de Setembro de 2012, afirmam os cientistas do National Snow and Ice Data Center (NSIDC), dos Estados Unidos, citados pelo World Maritime News.
Segundo o director do NSIDC, Mark Serreze, “este foi um Verão tempestuoso, enevoado e bastante frio” e “historicamente, tais condições climatéricas abrandam a perda de gelo no Verão, mas mesmo assim temos um empate no segundo lugar dos registos por satélite”. O que sugere que “nos próximos anos, com um clima mais quente, assistiremos a perdas da camada de gelo ainda mais dramáticas”, refere Ted Scambs, cientista chefe do NSIDC, citado pelo jornal.
Durante os primeiros 10 dias de Setembro deste ano, o Árctico perdeu gelo a uma média maior do que o habitual (34,100 quilómetros quadrados por dia, face à média diária de 21 quilómetros quadrados entre 1981 e 2010). Além disso, a média de perda de gelo no primeiro decénio de Setembro excedeu a media registada no mesmo período do ano recorde de 2012 (19 quilómetros quadrados por dia).
Segundo se julga, a rápida perda de gelo nos primeiros dias de Setembro deveu-se a um calor invulgar na superfície do oceano. A perda mais pronunciada foi no Mar de Chukchi, a nordeste do Alasca. Os cientistas do NSIDC terão admitido que o gelo pode estar associado ao impacto de duas grandes tempestades que atravessaram a região no mês de Agosto.
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