Os Estados Unidos e a China anunciaram uma trégua na guerra comercial entre ambos com a duração de 90 dias, a começar em 1 de Janeiro de 2019. A partir dessa data, os Estados Unidos vão manter as tarifas alfandegárias sobre 200 mil milhões de dólares (176,6 mil milhões de euros) em 10% em vez de as subirem para 25%, conforme estava previsto. Em contrapartida, a China comprometeu-se a aumentar a aquisição de produtos industriais, agrícolas e energéticos dos Estados Unidos. E ambos os países vão começar negociações para ultrapassar o conflito. Todavia, se nos 90 dias não houver um acordo conclusivo, os Estados Unidos aplicarão a taxa aduaneira de 25% inicialmente prevista.
Poucos detalhes foram dados pelas partes sobre este entendimento, conseguido, ou pelo menos anunciado, durante a cimeira do G20, em Buenos Aires, na Argentina, e que poderá ser o início do fim de uma guerra comercial que, pelo peso dos seus protagonistas, afecta o comércio e a economia à escala mundial. Durante o intervalo de 90 dias, os negociadores procurarão porventura obter compromissos relativamente a taxas aduaneiras mais estáveis e regras mais flexíveis para os investimentos mútuos.
Entretanto, a Federação Nacional de Retalhistas (National Retail Federation) dos Estados Unidos elogiou Donald Trump pelo entendimento alcançado, designadamente “pelos seus esforços para restaurar uma relação comercial justa e equilibrada com a China” e por ter dado uma hipótese à diplomacia, assim evitando, pelo menos temporariamente, o aumento de taxas alfandegárias.
É claro que a Administração ouviu as vozes daqueles que são impactados negativamente pelas taxas existentes”, referiu a federação, acrescentando que espera que os 90 dias “possam conduzir a uma resolução positiva que remova as tarifas todas e melhore as relações comerciais entre a China e os Estados Unidos”.
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