Posições de compromisso colocam termo à greve. Todavia, a paz laboral no porto de Setúbal ficou pouco depois ameaçada com a greve de 24 horas decretada para hoje pelos estivadores.
Federação Nacional dos Retalhistas

Foi desconvocada a greve declarada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) para o período entre as zero horas de ontem e as 24 horas de 8 de do corrente mês. Foi igualmente levantada a greve ao trabalho extraordinário iniciada no passado dia 29 de Maio.

De acordo com o Ministério do Mar, foi alcançada “uma posição compromisso quanto ao desbloqueamento do processo de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho” e “que respeita os limites negociais determinados pelo XXI Governo Constitucional da República para as diferentes negociações que ocorrem nos vários sectores”.

Na sequência deste compromisso, a Associação dos Portos de Portugal (APP), que integra todas as administrações portuárias nacionais, informou que a “actividade portuária decorre normalmente em todos os portos do país, não existindo qualquer paralisação no trabalho portuário”.

Entretanto, depois da greve ao trabalho extraordinário decretada pelo Sindicato dos Estivadores e Actividade Logística (SEAL) para o porto de Lisboa, realizada entre 21 de Maio e 2 de Junho, o Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros decretou uma Jornada de Protesto contra a Precariedade no porto de Setúbal, “a qual se consubstanciará numa greve de 24 horas”, a partir das 8 horas de hoje.

Conforme se lê no pré-aviso de greve, datado de 20 de Maio, a primeira razão da greve alegada pelo sindicato é a “precaridade laboral extrema que se verifica há um quarto de século no porto de Setúbal, sem paralelo em qualquer outro porto nacional”. Mas o sindicato apresenta mais fundamentos, como as progressões salariais diferenciadas para a mesma profissão no porto de Setúbal e uma “exploração desenfreada”, entre outros.

 



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