Será fixada uma quota nacional de 7.182 toneladas para a pesca de sardinha (66,5% da quota ibérica das 10.799 toneladas propostas por Portugal e Espanha nas negociações com a União Europeia, que propusera 10.300 toneladas). Em declarações ao Jornal de Notícias, o Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, esclareceu que Bruxelas propôs possibilidades de pesca que permitiriam recuperar 5% da biomassa, mas que os países ibéricos contrapropuseram com 4,5%.
A frota de pesca da sardinha regressa ao mar em 3 de Junho, mas Humberto Jorge, da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (Anopcerco), mantém que este valor não é suficiente, alegando que “a Comissão Europeia está a ter em conta a recomendação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar feita com base em informação científica de 2017” e que “desde então muita coisa mudou”.
Humberto Jorge considera que no mar nota-se “uma abundância de cardumes” que deverá ter reflexo nos resultados do cruzeiro científico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que termina a 15 de Maio. E o próprio José Apolinário terá admitido que esses resultados possam permitir aumentar a quota ainda em 2019.
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