A indústria de processamento de pescado da União Europeia (UE) registou um volume de negócios próximo dos 30 biliões de euros em 2015, segundo um relatório da Comissão Europeia agora divulgado. Segundo o documento, o valor acrescentado bruto (VAB) atingiu os 6 biliões de euros e os empregos totalizaram 126.413 (dos quais 45% relativos a mulheres). Além disso, entre 2008 e 2015, nesta indústria, os salários cresceram 22%.
O Comissário Europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, comentou a propósito que “é bom verificar que o processamento do pescado está bem-em termos de qualidade de produtos, remunerações do pessoal e contribuição para a economia”, acrescentando que constitui uma prova de que “com uma boa sa´de dos recursos vivos vem uma economia marítima dinâmica”.
O documento traça um retrato da indústria nos Estados membros nesse ano, incluindo Portugal, cujo mercado doméstico é considerado o maior consumidor final de pescado da UE, com um consumo per capita de 53,8 quilos por pessoa e por ano (dados de 2013 da FAO). “O que configura um perfil único na UE, combinando tradição, experiência, oportunidade, inovação e know-how das empresas de processamento de pescado” refere o documento a propósito de Portugal.
Relativamente a 2015, o relatório refere que Portugal tinha 157 empresas de processamento de pescado, 63 das quais (40%) pequenas empresas, com menos de 11 trabalhadores. A maioria estava situada no Norte (33) e Centro (71) e os Açores e Madeira somavam 15 empresas. No total, essas empresas empregavam 7.148 pessoas, das quais 850 nos Açores e Madeira, e produziam 234 mil toneladas de pescado processado por ano, gerando uma receita de 1,197 mil milhões de euros.
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