A equipa Sun Hung Kai / Scallywag revelou que John Fisher já deveria estar inconsciente quando caiu ao mar, por ter sido atingido pela retranca
Volvo Ocean Race

A equipa Sun Hung Kai / Scallywag, que perdeu um dos seus velejadores, John Fisher, na passada Segunda-Feira, no Pacífico, não revelou, até ao momento, os seus planos. No entanto, a costa oeste do Chile é o local mais próximo para parar devido às duras condições que enfrentam. Ainda assim, fizeram ontem declarações sobre o sucedido e confirmaram que houve um problema na vela principal e quando esta deu a volta, a retranca atingiu no velejador e fê-lo cair do veleiro, sendo que a tripulação acredita que John Fisher já estava inconsciente quando caiu ao mar.

A equipa refere que enviou as bóias à água para marcar o sítio e que navegaram de volta para uma posição perto de onde ocorreu a queda. O velejador usava roupa de sobrevivência, um chapéu, luvas e um colete salva-vidas. No entanto, as condições meteorológicas eram fortes, com ventos entre 35 a 45 nós e ondas de 4 a 5 metros e que reduziam a visibilidade, e 15 minutos antes do nascer do sol. A equipa viu-se posteriormente obrigada a tomar a decisão de abandonar a busca e preservar a segurança da restante tripulação.

“Esta é a pior situação que alguém pode imaginar que aconteça com a sua equipa”, revelou Tim Newton, cabeça da SHK / Scallywag. “Esta situação ainda não acabou para a nossa equipa”, acrescentou, sublinhando que “as condições são extremamente desafiadoras, com ventos fortes e uma previsão para o agravamento do estado do mar nos próximos dias. O nosso único foco, com a ajuda do Race Control em Alicante, é levar a equipa ao porto com segurança”.

Relembre-se que a equipa corria na 7ª etapa da Volvo Ocean Race de Auckland, Nova Zelândia, até Itajaí, no Brasil, a aproximadamente 1.400 milhas náuticas a oeste do Cabo Horn, quando sucedeu o acidente.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill