O Instituto Sueco para o Ambiente Marinho e a Concordia Maritime, um operador de navios tanque sueco, uniram-se para realizar um estudo preliminar cujo objectivo é entender a viabilidade de uma recolha de informação a bordo dos navios sobre o volume de microplásticos no oceano. Para isto, tem de instalar-se um dispositivo num navio para que as amostras de água sejam recolhidas durante a navegação, segundo o Safety4Sea.
O estudo permitirá tirar conclusões quanto à extensão e distribuição de microplásticos no mar e sobre as suas potenciais consequências para os organismos vivos, através da colaboração com o Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade de Gotemburgo e do Instituto Sueco de Meteorologia e Hidrologia (SMHI).
Porque se estima que 8,8 milhões de toneladas são despejadas anualmente no oceano e perdidos 10 mil milhões de euros no ecossistema marinho, quer em pesca, quer em turismo, Ola Helgesson, Directora Financeira da Concordia Maritime, empresa que financia o estudo, referiu que “como somos uma companhia de navegação, é natural que nos concentremos no meio ambiente marinho; estamos felizes por estar envolvidos neste estudo, usado para análises e pesquisas posteriores”.
Neste sentido, na semana passada, a Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) decidiu colocar na agenda da 72ª sessão do seu Comité de Protecção do Ambiente Marinho (Marine Environment Protection Comittee, ou MEPC) a questão do lixo (plástico) marinho no contexto do Objectivo 14 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2030. Como tal, os Governos e organismos internacionais foram convidados a apresentar propostas concretas para a próxima sessão do MEPC, no sentido do desenvolvimento de um plano de acção.
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