Almirante Francisco Vidal Abreu - Antigo CEMA e actual Presidente da Academia de Marinha

No Dia Nacional do Mar, o Almirante Francisco Vidal Abreu explicou, ao Jornal da Economia do Mar, qual é o interesse estratégico do mar para Portugal e, quais são os desafios que se impõe neste âmbito. Deixa um apelo “que Portugal aposte no mar, mas aposte no mar continuadamente”.



3 comentários em “Dia Nacional do Mar em Um Minuto”

  1. Carlos Sousa Reis diz:

    Prezado amigo e Senhor Almirante Francisco Vidal de Abreu,
    Depois de ver e ouvir a sua visão sobre o Mar, no dia Nacional do Mar, que de forma muito atempada o Jornal de Economia do Mar trouce à blogosfera, não resisti a escrever estas linhas.
    Revejo-me na integra nas observações que faz, que vão desde a interdisciplinaridade que o Mar obriga, e que será mesmo única, no contexto nacional, a que acrescem os graus de liberdade ainda existentes, que muitos ignoram, sendo que estes devem ser baseados no melhor conhecimento, e não em modelos que alguns grupos de pressão pretendem impor, como resultado da ignorância ou porque está na moda.
    Sublinho a sua coragem em desconfiar das 40 prioridades nacionais, o que não será mais do que satisfazer clientelas, bem como o facto da “existência” do CIAM ser a de um nado morto, contraditório a qualquer desígnio nacional sobre o Mar.
    A aposta continuada no Mar que refere é essencial, tal a dinâmica que o ecossistema marinho proporciona, e que muitos continuam a querer ignorar, que felizmente não é o caso de muito boa gente, onde aliás se inclui, o que me obriga a citar Platão quando terá dito que haviam 3 tipos de Homens:- os vivos, os mortos e os que andavam no Mar.
    Cordiais saudações do Carlos Sousa Reis

  2. Saudações de além mar, Senhor Almirante Francisco Vidal Abreu, orgulho de ser condecorado Amigo da Marinha do Brasil e pela Escola Naval da Marinha do Brasil, Cônsul Brasileiro para a Woodboat Foundation & Northwest Maritime Center (USA), entusiasta da construção (com as próprias mãos) de barcos de madeira, registro a minha modesta simpatia pelo seu depoimento no Dia Nacional do Mar. Tenho o privilégio de guardar em casa a máquina de escrever do Almirante Paulo Moreira (me presenteada pelo seu filho) precursor da oceanografia no Brasil, tadutor de Aldous Huxley, entre outros, e fundador do IEAPM – Instituto de Estudos do Mar onde desenvolveu inúmeros estudos desde 1956 com ênfase nas zonas de ressurgência. Estudo e me dedico ao mar como estado de consciência permanente, do trabalho ao diletantismo, como velejador; no Brasil fundei e dirijo o Instituto Brasil Costal dedicado às questões do ambiente marinho e costeiro, onde trabalhei (como jornalista e entusiasta) para a regulamentação no Brasil do curso universitário de oceanografia e da profissão do oceanógrafo, e mantenho a revista online Conversa no Píer. Trago essas pequenas reminiscências pessoais à tona para tentar credenciar meus comentários neste espaço; concordo que falta “vontade” e falta “acreditar” no mar, eu diria a nível global, assim como é assunto da esfera estratégica de cima para baixo, mas o é tão importante igualmente “se pensar no afloramento de ideias e percepções” no que convido a sua atenção para a importância não menor à manutenção da mentalidade marítima de forma generalizada. Casado com uma portuguesa, “num sentimento de febre para além de doutro oceano” (Fernando Pessoa) estou emigrando para Portugal. Espero poder contribuir para realçar esta mentalidade de que acabei de mencionar. Deixo aqui um link de um audio-e-book gratuito sobre o Lixo Marinho de minha autoria. AUDIO https://soundcloud.com/lu-s-peaz/lixo-marinho-pare-e-pense-by-luis-peaze e-BOOK https://issuu.com/peaze/docs/lixo_marinho_e-book
    BRCOSTAL http://www.luispeaze.com/brcostal/

    Saudações extensivas aos editores e equipe deste periódico e aos caros leitores

  3. Jose Luis Cardoso diz:

    Muito Bem Senhor Almirante Francisco Vidal Abreu.
    Acrescento que referindo 3 /4 opções estratégicas devemos nas VALÊNCIAS:
    TRANSPORTE MARÍTIMO- Desenvolver portos ao máximo e apoiar Reparação Naval grande porte e de lazer ; melhorar actual capacidade Nacional de transporte de Bens e energia com apoios aos armadores ainda existentes.
    BIOMASSA : Apoiar registo permanente capturas /local em lotas para gestão stocks e instalação Aquaculturas nos estuários e zonas costeiras e capacidade de pescar ao máximo sustentável na zona costeira e vertente continental até 800m
    LAZER/TURISMO.: melhorar e controlar todas estações águas residuais para sermos um País com praias extraordinárias e águas não-poluídas
    DEFESA/SEGURANÇA: manter a Marinha de Guerra na sua função de “Duplo Uso” com a actual capacidade de superfície e aérea , mas com um pouco mais de capacidade submarina
    REURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS: Aproveitar o potencial energético off-shore na zona costeira e fazer o levantamento do solo e sub-solo oceânico

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«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
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Paráfrase a Alexandre O’Neill