O Conselho Português de Carregadores juntou-se aos operadores portuários de Lisboa nas críticas às greves decretadas pelo Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística nalguns portos do país e lamenta que estas prejudiquem a economia nacional
Drewry

À semelhança da Associação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL), o Conselho Português de Carregadores (CPC) também veio acusar alguns trabalhadores portuários de irresponsabilidade por persistirem em manter “greves consecutivas desde Agosto até Outubro”, assim causando “danos incalculáveis na economia nacional” e “colocando em risco muitos postos de trabalho”, conforme consta no comunicado que emitiram na última semana.

A crítica é uma alusão clara às greves desencadeadas pelo Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), que o CPC acusa de ser minoritário e ter uma representatividade meramente regional mas que fragiliza “a confiança em Portugal como um fiável país exportador”. Para o CPC, a interrupção do trabalho pelos estivadores gera perda de rendimentos nas famílias, perda de encomendas e quebra no crescimento económico do país.

O CPC entende que a manutenção da greve é “um novo grave ataque à competitividade das empresas portuguesas, prejudicando fortemente o sector exportador, tão importante para a continua recuperação da economia nacional, com inegáveis implicações positivas na redução da taxa de desemprego, ao obrigar a paragens de produção e ao aumento de custos logísticos e de encargos com armazenagem”.

O ataque do CPC dirige-se às greves nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz e deixa de fora Leixões, Aveiro e Sines, onde “continua a haver trabalhadores portuários que, com grande sentido de responsabilidade social, se mantêm a laborar, participando na criação de condições para que as exportações, mesmo com custos acrescidos, continuem a ser efectuadas, e, simultaneamente, possibilitando situações de quase pleno emprego nas regiões que são servidas por esses portos”.

 



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill