O Governador da Virgínia, Tim Kaine, contestou numa conferência de imprensa o plano de Donald Trump de impôr tarifas na importação do aço (25%) e no alumínio (10%), alegando que pode colocar em perigo os estaleiros que trabalham para a Defesa. E deu o exemplo do Newport News, que está a construir a próxima classe de porta-aviões, segundo o Maritime Executive.
Proteger a produção do aço doméstico tem benefícios, valorizando o mesmo no mercado, no entanto, há que pensar que as empresas que utilizam aço, terão menos capacidade de criar mais postos de trabalho, ideia que expôs o Governador da Virgínia, acrescentando que, desta forma, “os estaleiros, fabricantes de automóveis e outros, irão ter custos de matéria-prima mais elevados”.
A nação mais afectada com esta medida será o Canadá porque vende mais aço aos Estados Unidos do que qualquer outro parceiro (e compra ainda mais do que vende). A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, respondeu ao plano de Trump, apontando o impacto negativo que poderiam ter o aumento de tarifas na defesa nacional e referindo-se ao mesmo como “inaceitável”.
O Presidente Trump concluiu: “temos de proteger o nosso país e os nossos trabalhadores. A nossa indústria de aço está numa má situação. E se não temos aço, não temos país”. E acrescentou que “quando um país taxa os nossos produtos, digamos 50%, e nós taxamos o mesmo produto a entrar no nosso país a 0%, não é justo nem inteligente. Em breve começaremos a aplicar taxas recíprocas, de modo a que cobremos o mesmo que nos cobram a nós. Com 800 mil milhões de dólares (644 mil milhões euros) de défice comercial, não temos outra escolha”.
