No dia 2 de Fevereiro, a Comissão Europeia (CE) e o Comité das Regiões (CR) organizaram uma conferência em Bruxelas sobre o êxito da aquicultura europeia, durante a qual foram apresentadas as novas orientações da CE para o sector, visando a sua conformidade com as regras ambientais da União Europeia (UE).
Na ocasião, o Comissário para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas da UE, Karmenu Vella, fez uma intervenção na qual destacou a importância da aquicultura na produção alimentar e criação de empregos ao nível local, acrescentando que o sucesso do sector na Europa “está nas mãos das nossas Regiões e dos Estados Membros”.
Sem desprezar a continuação da pesca sustentável e recordando que em 2050 a população mundial atingirá 10 mil milhões, Karmenu Vella referiu que “se queremos mais alimentos de origem marinha, eles têm de vir da aquicultura”. Um sector que considerou fundamental para a segurança alimentar da Europa e do mundo. Desde que planeado com antecedência, “para fornecer mais peixe, marisco e algas de uma forma sustentável e responsável”, referiu.
Recorde-se que, de acordo com dados da UE, a aquicultura europeia demonstra sinais de recuperação, após uma década de estagnação. “Com um crescimento de 4% em volume e 8% em valor entre 2014 e 2015, e lucros superiores a 400 milhões de euros, o sector gera mais valor do que nunca”, refere a CE. Na Europa, o sector representa 20% da produção de pescado e emprega directamente 85 mil pessoas.
A CE recorda também que o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) dispõe de 1,2 mil milhões de euros exclusivamente para a aquicultura, vocacionado para investimentos em explorações aquícolas. Se tais investimentos prosseguirem e a bom ritmo, poderemos assistir a um crescimento de 25% no sector até 2020, que foi a meta estabelecida pelos Estados Membros quando desenvolveram os planos de aquicultura em 2014.
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