De acordo com a IAATO, as excursões à Antárctida aumentaram 17% em 2017/2018 face à época anterior. Os Estados Unidos e a China, por esta ordem, são os países das principais proveniências dos turistas
Porto de Ferrol

A Associação Internacional de Operadores Turísticos da Antárctida (IAATO, na sigla em inglês), reportou os dados relativos às excursões de 2017/2018: 51.707 visitantes, um aumento de 17% face à temporada anterior (que dura aproximadamente 5 meses, de Março a Novembro). Todas as visitas, refere o IAATO, foram conduzidas com códigos rigorosos de conduta desenvolvidos pelo Tratado da Antárctida (The Antarctic Treaty System), redigido com o propósito de regular as relações entre países, segundo comunicado oficial.

A IAATO, que tem monitorizado esses números desde 1991, mencionou que a maior parte dos visitantes (41.996) viajou por mar em navios que ofereciam excursões a terra, representando um aumento de 16% face à temporada anterior, sendo que destes, 3.408 voaram até às ilhas Shetland do Sul, onde embarcaram na excursão.

“A Antárctida recebe relativamente poucos visitantes em relação a outros destinos. O número de turistas que parou no continente este ano (42.576) é menos de metade do número de espectadores na Super Bowl. Estamos, no entanto, conscientes de que as únicas qualidades da Antárctida exigem prevenções rigorosas. O nosso sucesso na gestão responsável dos visitantes é o resultado de um plano prévio baseado num profundo conhecimento da indústria. O que nos ajuda a ajustar as nossas estratégias para proteger os lugares preciosos que visitamos, permitindo às pessoas uma experiência selvagem incrível”, referiu Terry Shaller, da operadora de cruzeiros Ponant e responsável do Comité Executivo do IAATO.

Os visitantes norte-americanos são os mais numerosos, representando 33% do total, a mesma percentagem que na última temporada, seguidos dos chineses (16% dos visitantes, ou seja, mais 4% do que na época 2016/2017) e da Austrália, Alemanha e Reino Unido, 11%, 7% e 7% respectivamente.



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