A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris tem dificultado a sua aplicação
Greenpeace

Os Governos devem interromper a exploração de petróleo no frágil ambiente do Árctico devido à crescente ameaça de aquecimento global, referiu Christiana Figueres, que era diplomata do Secretariado das Alterações Climáticas das Nações Unidas em 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Os últimos três anos foram os mais quentes do século, tendo representado uma grande ameaça, não só para o Árctico como para a Grande Barreira de Corais da Austrália ou a Antárctida. E na sequência de tais desastres, a ex-diplomata sublinha que não faz sentido económico explorar no Árctico, até porque a absorção dessa exploração provavelmente levará anos. E admitiu que esse mesmo investimento faria muito mais sentido em projectos de energia renovável, como a energia solar ou a eólica, de forma a reduzir as emissões de gases de efeito de estufa.

Mesmo assim, tudo permanece igual ou pior. O acordo de Paris, que busca fortalecer a resposta a esta ameaça global parece estar a perder força desde que os Estados Unidos se retiraram. E inúmeros Governos e empresas são a favor da perfuração do Árctico, cada vez mais acessível ao transporte marítimo e à perfuração, sendo que os Estados Unidos anunciaram concessões de exploração no Alasca e a Statoil planeia manter a exploração no Mar de Barents.

No entanto, no início de Maio, o HSBC, o maior banco da Europa, anunciou que deixaria de financiar projectos para novas fábricas a carvão, ou sondagens no Árctico, bem como novos projectos de areias betuminosas, como parte de sua nova Política Energética.



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