O Governo português, através do Ministério do Mar, recebeu o presidente da Zona Económica Especial do Canal do Suez (ZEECS), Ahmed Darwish, para uma reunião destinada a discutir uma eventual cooperação entre Portugal e aquela entidade em matéria portuária, a curto e médio prazo.
De acordo com o Ministério do Mar, “foi abordada a possibilidade de elaborar um protocolo de colaboração bilateral nos domínios do investimento nos portos, da logística e das actividades industriais junto das referidas infra-estruturas”. O encontro teve um carácter preparatório e, segundo apurámos junto do Ministério do Mar, não ficou definida nenhuma modalidade preliminar de concretização dessa colaboração.
Ainda segundo o Ministério do Mar, o Egipto considera Portugal “como um marco estratégico nas rotas comerciais marítimas da União Europeia” e admitem que a ZEECS pode ser interessante “para as empresas portuguesas que pretendam relacionar-se com a Península Arábica e os mercados da África Oriental”.
Na reunião, realizada no Ministério do Mar, e que contou com a presença do Embaixador do Egipto em Lisboa e da presidente da Associação dos Portos de Portugal, entre outras personalidades, ficou assente que Ana Paula Vitorino será convidada a visitar a ZEECS, embora não tenha ficado definida uma data para o efeito.
À semelhança do que sucede noutras zonas económicas especiais, como Shenzen, na China, a ZEECS, que já mantém acordos com outros países, confere benefícios fiscais às empresas que ali se instalem, designadamente, na Península Arábica.
De acordo com o site oficial da ZEECS, esta zona abrange 461 Km2 ao longo das margens do Canal de Suez expandido, numa rota comercial importante entre a Europa e o sul da Ásia, pela qual passa anualmente mais de 8% do comércio mundial.
Esta área, com quase dois terços da dimensão de Singapura, inclui quatro sub-zonas (Ain Sokhna, East Port Said, Qantara West e East Ismailia) e seis portos (East Port Said Port, West Port Said Port, Ain Sokhna Port, Adabiya Port, Al Tor Port e Al Arish Port).
