Associações juntam-se para promover a energia eólica no transporte marítimo
Energia eólica

A World Wind Energy Association (WWEA) e a International Windship Association (IWSA) decidiram unir-se para promover o uso da energia eólica no transporte marítimo global, segundo a World Maritime News.

Com a sua experiência, a WWEA poderá conduzir a transição da indústria, apostando em tecnologias de energia eólica, enquanto a IWSA vai dedicar-se a projectos de propulsão com recurso ao vento.

No quadro deste entendimento, a WWEA vai procurar traçar um rumo comercial para este tio de tecnologias no sentido da descarbonização e a IWSA prosseguirá a sua tarefa de congregar todos os interessados do sector no sentido de propor políticas governamentais e mudar comportamentos.

Os primeiros passos desta parceria serão dados na 23ª sessão da Conferência (COP23) das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), em Bona, na Alemanha, que começa hoje e prolonga-se até 17 de Novembro. Nesse contexto, a WWEA vai sustentar uma proposta denominada «Ambição 1.5ºC: Plano de Acção para o Transporte Marítimo Global».

“Colaborar com a equipa da WWEA em projectos conjuntos permite à IWSA acelerar a aceitação dessa fonte de energia abundantemente disponível e gratuita para o sector marítimo”, refere o secretário-geral da IWSA, Gavin Allwright, acrescentando que “com o apoio da WWEA, vemos um excelente futuro para a desenvolvimento e utilização de tecnologia eólica na frota comercial”.

O secretário-geral da WWEA, Stefan Gsänger, refere que “estamos encantados em manter este relacionamento colaborativo com a IWSA, cuja abordagem e actividades se encaixam directamente com os objectivos da WWEA de promover a energia eólica em todos os sectores. O transporte é certamente uma área que beneficiará grandemente da utilização da energia eólica e estamos ansiosos para trabalhar de perto com a IWSA para que isso aconteça mais rápido e em escala”.



Um comentário em “Vento move navios de mercadoria”

  1. Manuel Casaca diz:

    Há muito que os navios aproveitam a energia eólica. São exemplo os navios rotor. Um navio rotor é igualmente denominado um navio Flettner, nome advindo de Anton Flettner (1885-1961), um alemão engenheiro aeronáutico e inventor. Para além de importante contribuição para a concepção de aviões e de helicópteros, ele foi o primeiro a construir um navio ensaiando o uso do efeito Magnus na propulsão. A ideia de Flettner era usar torres com rotores para substituir as velas nos navios costeiros. Pretendia com isto aproveitar o vento como auxiliar da máquina principal do navio obtendo maiores velocidades com a mesma cavalagem. O navio escuna Buckau, foi adaptado para o efeito no Germaniawerf (Kiel); os trabalhos de montagem de dois rotores terminaram em Outubro de 1924. Os rotores eram constituídos por dois cilindros de 15 metros de altura por três de diâmetro, accionados por um sistema de propulsão eléctrica de 50 cavalos.

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