A sobretaxa criada pelas empresas de transporte marítimo está a ser contestada pelos transitários britânicos
Yang Ming

A British International Freight Association (BIFA), que representa os transitários registados no Reino Unido, manifestou-se recentemente contra a introdução de taxas suplementares sobre os combustíveis pelas empresas de transporte marítimo de contentores. E acusou as empresas de estarem a obter um enriquecimento injustificado e ostensivo.

Em comunicado, a BIFA considerou que preferiria que os aumentos necessários se deveriam reflectir no âmbito das tarifas de fretes e ficar sujeitos às flutuações de preços nesse contexto em vez de se traduzirem na criação desta sobretaxa. Para a associação, os transitários têm agora explicar a nova taxa aos seus clientes e qual é o rationale que a justifica. E consideram que será uma medida extremamente impopular.

Recorde-se que várias grandes empresas de transporte marítimo têm vindo a aplicar esta sobretaxa devido aos custos associados à transição obrigatória para um combustível marítimo com menor teor de enxofre a partir de 2020. Custos que podem envolver encomendas de novos navios para substituir os antigos, conversão de navios, aquisição de exaustores de gases de escape dos navios (scrubbers), combustíveis mais caros, entre outros. E para financiar a transição, as empresas passaram a cobrar esta taxa.



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