Dados do INE sobre actividade transportadora nacional
Portos

No primeiro trimestre deste ano, o movimento de mercadorias nos portos nacionais totalizou 21,3 milhões de toneladas, mais 3,9% do que no período homólogo de 2015 e mais 2,7% do que no trimestre anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a actividade transportadora em Portugal. Este volume reparte-se entre 8.373 milhões de toneladas de mercadorias carregadas (-2,3%) e 12.886 milhões de toneladas descarregadas (+8,3%).

Deste total, o porto de Sines foi responsável por 50,3%, o porto de Leixões movimentou 18,6% (- 4,5% do que no período homólogo de 2016) e os portos de Lisboa e Setúbal movimentaram quedas de -7% e -3%, respectivamente. Os portos de Aveiro e Figueira da Foz também registaram quedas neste período face ao mesmo trimestre do ano anterior (-8,7% e –12,7%, respectivamente).

Também neste período, relativamente ao tráfego internacional de mercadorias (cerca de 18 milhões de toneladas), o porto de Sines movimentou 9,6 milhões de toneladas (53,3% do total dos portos nacionais, mais 12% do que no período homólogo do ano anterior). Todos os restantes grandes portos do continente apresentaram quebras de movimento de mercadorias (-11,9% na Figueira da Foz, -11,1% em Aveiro, -10,1% em Lisboa e -8,9% em Leixões).

Já no tráfego interno, entre os portos nacionais, durante o 1º trimestre de 2016, o INE registou um movimento de 3,2 milhões de toneladas, ou seja, mais 17,4% do que no trimestre anterior. Deste volume, 33,3% foram no porto de Sines (+29,8% do que no período homólogo de 2016) e 28,8% no porto de Leixões (+14%). No entanto, foi no porto de Aveiro que se registou maior subida face a 2015 (65 mil toneladas, +55,5%).

No mesmo documento, o INE registou um aumento de 1,2% no número de embarcações que deram entrada nos portos nacionais face ao período homólogo do ano anterior (+0,4% do que no último trimestre de 2015), ou seja, um total de 3.302 navios, dos quais 1.120 de mercadorias.

O INE também identificou uma “redução da actividade de transporte de mercadorias por estrada (-6,8% em toneladas), que ficou a dever-se exclusivamente à componente nacional (-10,6%)”. Já a carga movimentada em trocas internacionais aumentou 11,8%. O INE notou igualmente um aumento do volume total de transporte (+9,6% face ao período homólogo de 2015), “fortemente influenciado pelos percursos de longa distância da componente internacional”.

O documento refere ainda que “as trocas de mercadorias por modo rodoviário entre Portugal e outros países ocorreram maioritariamente com Espanha (62,6%), França (16%) e Alemanha (8,2%)”. E o “movimento de mercadorias entre países estrangeiros efectuado por veículos rodoviários pesados registados em Portugal” teve um aumento em peso (+33,7%) e volume (+40,2%).

 



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