Os atrasos e rupturas provocados nas cadeias de abastecimento de mercadorias provocados pelo processo de falência da Hanjing Shipping, que começou em Setembro, abalou o mercado dos seguros e carga, refere o World Maritme News. As maiores perturbações verificaram-se nas rotas entre a Ásia e os Estados Unidos e nos seguros de incumprimento de locatários de contentores.
De acordo com Mike Roderick, da Clude & Co., parceira da União Internacional dos Seguros Marítimos (IUMI, na sigla em inglês), citado pelo jornal, a maioria das reclamações feitas junto das seguradoras relacionam-se com a expedição de carga e não tanto com perdas ou danificação das mercadorias. Em todo o caso, a maioria da carga dos navios da Hanjing Shipping já foi descarregada e chegou ou está a caminho do seu destino, refere a IUMI.
O jornal recorda que em Fevereiro a empresa tem que apresentar um relatório de recuperação no tribunal sul-coreano que supervisiona o processo de falência. A sobrevivência da Hanjing Shipping, segundo o jornal, só ocorrerá for redimensionada em menor escala e apenas com uma distribuição parcial do valor devido aos credores, que também o será mesmo em caso de liquidação.
A IUMI, no entanto, manifesta preocupações. Segundo a organização, “a grande preocupação é se a Hanjing Shipping é apenas a ponte do iceberg”, pois nas últimas semanas têm proliferado “más notícias relacionadas com o comércio contentorizado”, nas quais se divulgam grandes perdas financeiras por parte das principais empresas de transporte marítimo e elevada exposição dos Bancos financiadores.
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