A qualidade do ar é a principal prioridade dos portos, segundo consta do relatório ambiental da Organização dos Portos Marítimos Europeus (ESPO, na sigla inglesa), apesentado recentemente em Valência. O documento identifica também, por esta ordem, o consumo energético, o ruído, a relação dos portos com as comunidades locais, os resíduos dos navios, o desenvolvimento portuário, as alterações climáticas, a qualidade da água, as dragagens e os resíduos em porto como os outros factores do TOP 10 das prioridades ambientais dos portos.
De acordo com a ESPO, as alterações climáticas têm vindo a adquirir importância para os portos. Em 2017 entraram no TOP 10 das prioridades ambientais portuárias e este ano ocuparam a sétima posição (em 10) na classificação de importância. E lembra que quase oito em cada dez portos consideram as alterações climáticas nos seus projectos de infra-estruturas.
Diz também a ESPO que 59% dos portos (de um total de 90 portos da União Europeia abrangido pelo relatório) reforçam a resiliência climática das infra-estruturas existentes e 41% deles já enfrentaram desafios operacionais devido às mudanças climáticas. Refere igualmente que 73% dos portos estão ambientalmente certificados (ISO, EMAS, PERS), mas 13% do que em 2013, e que 68% tornam públicos os seus relatórios ambientais.
No plano do abastecimento, o relatório refere que 24% dos portos fornece energia eléctrica de alta-voltagem em porto aos navios ancorados, que 30% têm pontos de abastecimento para gás natural liquefeito (GNL) e que 24% já estão a desenvolver projectos de infra-estruturas a GNL.
A ESPO nota igualmente que existem cada vez mais investimentos dos portos em infra-estruturas para combustíveis alternativos e consideram que seriam acelerados se os obstáculos actuais fossem levantados. E cita o exemplo do fornecimento de electricidade em porto aos navios, que poderia ser maior se as taxas sobre energia eléctrica fossem menores.
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