Hapag-Lloyd

Os operadores de terminais devem esperar a continuação da pressão para a diminuição dos preços das suas tarifas em 2017, refere Morten Engelstoft, CEO da APM Terminals, a quarta operadora mundial de terminais, ao Journal of Commerce (JOC.com). De acordo com o mesmo responsável, “haverá crescimento, mas devemos habituarmo-nos a uma situação em que os níveis de crescimento estarão muito abaixo” dos registados no passado.

O jornal refere que em 2016 registou-se uma queda significativa no volume de contentores movimentado nos terminais de importantes economias exportadoras de petróleo, incluindo a Rússia, a Nigéria e Angola, muito por causa da desvalorização que a queda do preço do petróleo provocou nas moedas necessárias para pagar as importações.

O JOC.com sublinha também que os mais recentes dados oficiais relativos à Nigéria revelam que o tráfego de contentores no país caiu quase 30% em tonelagem face aos primeiros 9 meses de 2016, comparativamente à análise do mesmo período realizada no ano anterior. Segundo diz o jornal, o número de navios que escalam os terminais oceânicos da Nigéria durante o período em questão caiu para o valor mais baixo dos últimos 11 anos (3.347, contra 5.014 no ano anterior).

Morten Engelstoft admitiu a pressão sobre as tarifas decorre de uma situação desfavorável entre a procura e a oferta, mas que nalguns locais a realidade começa a estabilizar e que são esperadas melhorias com um aumento do preço do petróleo. Em alguns pontos da Ásia, como Vietname, China e Índia já apresentam indícios de recuperação do crescimento, considera o CEO da APM Terminals.

De acordo com Morten Engelstoft, existem muitos negócios em curso entre operadores de terminais e empresas de transporte marítimo, precisamente de onde partem as maiores pressões para a redução das tarifas porque também enfrentam uma situação adversa, e a dimensão cada vez maior das alianças gera um potencial de ganhos ou perdas igualmente crescente.

 



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