O porto de Roterdão permaneceu o mais movimentado da Europa em 2017, quer em TEU, quer em tonelagem de carga, segundo o Maritme Executive, face aos números apresentados pela respectiva autoridade portuária: 13,7 milhões de TEU e 467 milhões de toneladas movimentadas.
De acordo com a autoridade portuária de Roterdão, o crescimento face a 2016 foi de 12,3% em toneladas de carga contentorizada, 10,9% em TEU e 1,3% em carga generalizada. Paralelamente, o porto atingiu uma quota europeia de mercado de 31% em contentores, que é a mais alta desde 2000.
De acordo com os mesmos responsáveis, este crescimento deveu-se, sobretudo, ao tráfego de mercadoria de e para a Ásia, a América do Sul e a América do Norte. E financeiramente os resultados também foram considerados satisfatórios, segundo informação prestada pela mesma autoridade portuária (aumento do volume negócios e dos resultados antes de impostos, mas diminuição de resultados líquidos).
O na carga contentorizada teve uma contrapartida na queda do movimento de granéis sólidos (-2,6%) e granéis líquidos (-4,1%). Já a carga fraccionada (ro-ro e outra) registou um aumento de 7%.
Para este ano, a autoridade portuária de Roterdão estima aumentar o movimento de carga, embora admita que o crescimento em carga contentorizada não atinja o valor de 2017.
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A balcanização ferroviária de Portugal contribui muito para este êxito de Roterdão. Mercadorias produzidas no interior da Europa poderiam atingir mais rapidamente e economicamente os seus destinos, se os planos de D. Pedro V e Fontes Pereira de Melo tivessem sido já concretizados, garantindo a ligação ferroviária dos nossos portos aos grandes centros industriais do interior europeu e suas plataformas logísticas. Pois então o interior europeu que continue a usar o Reno para colocar as suas mercadorias em Roterdão onde aguardarão praça para seguir para o destino. Cerca de três semanas do interior da Europa até Sines. Pela ferrovia, essa mercadoria poderia estar em Sines em dois dias e antecipar em cerca de três semanas a sua chegada aos portos africanos e americanos de destino. Escrevo isto com base numa experiência pessoal na gestão de um projecto na província moçambicana da Zambézia que me condenou a acompanhar e esperar uma eternidade pela mercadoria produzida na Alemanha, região de Colónia. E que se repetiu (em menor escala) com mercadorias de origem francesa.