Os requisitos para cumprir as exigências das futuras regras sobre o teor de enxofre nos combustíveis marítimos impostas pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) a partir de 2020 irão aumentar as tarifas dos fretes, concluiu um relatório da consultora de investimentos norte-americana Seabury Maritime e da organização não lucrativa Gemini Shippers Group, segundo referem vários meios de comunicação internacionais.
Esta conclusão preocupa os investidores, sobretudo com a aproximação do período de contratações para viagens transpacificas de 2019/2020, e resulta do facto de a indústria marítima não dispôr de um padrão de cálculo para as taxas adicionais sobre os combustíveis marítimos e de as estimativas para os custos dos combustíveis marítimos de baixo teor de enxofre serem meramente aproximativas e pouco rigorosas, segundo os autores do relatório.
A preocupação justifica-se na medida em que os custos com o combustível dos navios representam mais de 50 por cento das despesas do transporte marítimo, recorda o relatório. Refere-se ainda que o carregamento de um contentor da China para a Costa Leste dos Estados Unidos, que custa actualmente 1.400 euros, aumentará 530 euros a partir da implementação das novas regras.
Apesar do aumento dos custos, o relatório considera benéficos os efeitos ambientais das novas regras, insta os carregadores a aceitá-las e sugere que revejam os factores que estão na base das taxas suplementares sobre os combustíveis marítimos com os seus parceiros no transporte marítimo. Mas alerta para a possibilidade de a falta de clareza e transparência na indústria marítima poder causar um revés na indústria por má avaliação das métricas envolvidas no cálculo dessas taxas.
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