No passado dia 15 de Junho, foram oficialmente lançadas as obras de construção do porto de Tibar, a oeste de Dili, em Timor-Leste. Segundo adiantam vários meios de comunicação, esta infra-estrutura será a maior do país na área dos transportes e é a primeira parceria público-privada (PPP) realizada em Timor-Leste, mas já foi criticada pelo seu impacto ambiental na zona de intervenção, pela dimensão (considerada excessiva para as necessidades de Timor-Leste por alguns) e pelo custo.
A obra representa um investimento inicial de 148,85 milhões de dólares (133 milhões de euros) dos parceiros privados (um consórcio chefiado pela empresa francesa Bolloré Ports, uma divisão do grupo francês Bolloré Transport & Logistics) e de 129,45 milhões de dólares (115,7 milhões de euros) do Governo timorense. A Bolloré Ports deverá ainda investir mais 211,7 milhões de dólares (189,2 milhões de euros) durante os 30 anos da concessão, que termina em Junho de 2047.
Segundo adiantam vários meios de comunicação, a International Finance Corporation (IFC), tida como a extensão privada do Banco Mundial, foi conselheira na criação do modelo de PPP. Refere-se ainda que a obra deverá estar pronta em 2020 e que o projecto representará 500 empregos a criar pela Bolloré Ports durante a construção, 350 nos primeiros quatro anos de operação e 150 em fase posterior, favorecendo a colocação de cidadãos timorenses.
O porto deverá ter uma capacidade inicial para 226 mil contentores (TEU), a ampliar até uma capacidade para um milhão por ano, “com um cais de 330 metros e outro de 300 metros, devendo as primeiras operações portuárias ser conduzidas já em 2019”, referem vários meios de comunicação.
A agência noticiosa Macauhub refere que o porto terá um cais de acostagem com 630 (300 mais 330 metros) e 15 metros de profundidade, uma zona de armazenamento de contentores com 27 hectares e equipamentos modernos, incluindo dois guindastes do navio para terra e outros cinco com rodas de borracha
Segundo a agência LUSA, na cerimónia de lançamento da obra, cujo projecto foi planeado há seis anos e com contrato (para desenho, construção e operação do porto) assinado há pouco mais de um ano, Xanana Gusmão, ministro do Planeamento e Investimento Estratégico de Timor-Leste, defendeu a opção pelo modelo de parceria público-privada e destacou a importância do investimento privado no desenvolvimento do país.
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