Desde o princípio do ano, foram vendidos 743 navios para desmantelamento, equivalentes a um porte bruto (deadweight tonnage, ou dwt) de 32,7 milhões de dwt, refere a consultora Clarksons Research, citada pelo World Maritime News. Este volume representa menos 20% em dwt do que no período homólogo de 2016, quando se registavam 44,5 milhões de dwt vendidas para desmantelamento.
De acordo com a consultora, citada pelo mesmo jornal, esta queda deve-se principalmente aos segmentos de graneleiros e porta-contentores, mas não impede a consideração de que mesmo assim os níveis de venda de navios para desmantelamento permaneçam elevados.
No caso dos graneleiros, a consultora refere que conheceram um período forte no primeiro semestre de 2016, quando se registavam 22,6 milhões de dwt vendidas para desmantelamento, acima das 14,1 milhões de dwt já vendidas este ano (211 navios). Uma diferença que traduz uma quebra de 50% de 2016 para 2017.
Já no caso dos porta-contentores, a Clarksons Research considera que em 2016 foram vendidos 194 navios com uma capacidade total para 700 mil TEU (o maior volume anual em capacidade de que há registo), dos quais 46% eram «old Panamax». Este ano, foram, foram vendidas 137 unidades, com uma capacidade total de 400 mil TEU, ou seja, menos 35% do que no ano anterior.
Relativamente aos navios tanque, o seu volume destinado a desmantelamento atingiu as 9,5 milhões de dwt (95 navios) este ano, contra os 2,3 milhões de dwt, no período homólogo de 2016.
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