Entre Novembro de 2016 e Junho deste ano, a frota de porta-contentores inactivos caiu de uma capacidade para 1,7 milhões de TEU para 500 mil TEU, segundo a consultora Drewry, citada pelo World Maritime News.
A queda constitui uma boa notícia para a indústria do transporte marítimo, para qual isto pode significar um indício de recuperação, com menos activos desnecessários a “drenar custos”, nos termos usados pelo jornal, e pode ter vários motivos.
Uma pode ser o grande número de navios imobilizados da antiga Hanjing Shipping que, na sequência da falência da empresa, e em pouco tempo, foram aproveitados por outras companhias ou enviados para desmantelamento.
Segundo o mesmo jornal, no princípio de Junho, apenas 13 nos navios imobilizados da Hanjing Shipping, equivalentes a uma capacidade de 100 mil TEU, tinham escapado à reciclagem.
Outra razão pode ser o número de navios inactivos que foram reciclados. Desde o princípio de Dezembro de 2016 até meados de Março, a Drewry contabilizou cerca de 23 navios, com uma capacidade agregada de 76 mil TEU, que passaram de inactivos a desmantelados.
Por outro lado, entre Março e Junho deste ano,133 navios imobilizados foram reactivados, 74 dos quais para as rotas principais das linhas Leste-Oeste, especialmente a rota Transpacífica. Outros 30 navios foram deslocados para rotas secundárias, também das linhas Leste-Oeste, principalmente entre a Ásia e a Índia e no Médio Oriente. Apenas 18 navios foram colocados nas rotas Norte-Sul, refere o jornal, acrescentando que a MSC tem estado activa em aproveitar o maior número possível de navios.
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