De acordo com a Safety4Sea, num e-mail enviado esta semana para a Reuters, o responsável pela Maersk Oil Trading, Niels-Henrik Lindegaard, admitiu que a empresa decidira investir em exaustores para gases de escape de navios (scrubbers) numa parcela limitada da sua frota de cerca de 750 navios.
A informação tem relevo porque se trata de um dos principais operadores mundiais de transporte marítimo e que já tinha assumido preferir investir em combustíveis de baixo teor de enxofre (low sulphur fuel oils, ou LSFO) em vez de investir nos scrubbers, cujo custo de instalação é considerado muito elevado, mas permite aos navios continuarem a queimar os combustíveis mais pesados, mais poluentes e mais baratos.
A opção da Maersk – que integra a Trident Alliance, uma associação de armadores comprometida com a redução das emissões de enxofre pelos navios, na linha das futuras regras da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) que devem vigorar a partir de 2020 – pelos LSFO tinha sido assumida em Fevereiro no seu relatório de sustentabilidade.
Segundo a notícia, o responsável da Maersk, porém, refere que a empresa continua a considerar os LSFO como a melhor opção para corresponder às futuras regras da IMO sobre as emissões de enxofre dos navios. No entanto, a adesão assumida aos scrubbers, ainda que limitada, surge na sequência de um reforço da tendência a favor destes equipamentos que surgiu nos últimos meses.
A Safety4Sea refere também que a Exhaust Gas Cleaning Systems Association (EGCSA), uma associação representativa de fabricantes de scrubbers, contabilizou 983 navios equipados com este sistema em 31 de Maio deste ano.
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