LISNAVE

Em 2016, a LISNAVE registou um volume de vendas de 95,7 milhões de euros em reparação naval, contra 113,2 milhões em 2015. O resultado líquido também foi inferior ao do ano anterior (6,715 milhões de euros contra 13,6 milhões em 2015), com dividendos no valor de 6,7 milhões de euros distribuídos aos 200 accionistas e uma gratificação de 1,2 milhões de euros aos trabalhadores.

Um resultado considerado “globalmente positivo” pela empresa, apesar de “condições de mercado particularmente adversas”, caracterizado por incerteza política, (especialmente no que diz respeito aos efeitos do Brexit e às propostas da nova Administração norte-americana em matéria fiscal e de relações comerciais internacionais), investimento moderado e “uma taxa de crescimento do comércio mundial próxima da estagnação”, que tornaram 2016 um ano difícil para a economia global.

Este quadro gerou factores como uma quebra acentuada nas taxas de frete, que já vem desde 2008, “mormente nos transportadores de granéis sólidos, na sequência da crise financeira e económica internacional e do persistente excesso de oferta do mercado de transporte marítimo”, considera a LISNAVE.

Nesse contexto, “a procura de reparação naval para a LISNAVE, cujo mercado é mundial, medida em número de consultas, sofreu uma redução de cerca de 26% em relação ao ano de 2015”, sendo que daí resultaram “71 encomendas, menos cerca de 28% do que no ano de 2015, tendo a percentagem de sucesso descido de 21% para 17%”, refere a empresa.

A LISNAVE nota também que, no âmbito dos investimentos, o propósito mais recente dos “trabalhos efectuados no estaleiro, nomeadamente a instalação de equipamentos de tratamento de águas de lastro, com vista a evitar transferência de espécies nocivas entre oceanos” é o de se adaptar aos novos regulamentos internacionais.

Face aos seus níveis de desempenho e “se não se verificarem perturbações de outra natureza”, a empresa mantém um “sentimento de moderada expectativa relativamente às perspectivas de estabilização da actividade” para este ano, “em níveis próximos do que se verificou” em 2016.

 



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