A Kawasaki Kisen Kaisha (K Line) enfrenta acusações criminais por alegada cartelização relacionada com o transporte marítimo de automóveis, camiões e autocarros para a Austrália entre Julho de 2009 e Setembro de 2012, informa a Australian Competition and Consumer Commission (ACCC), equivalente à portuguesa Autoridade da Concorrência.
O caso foi ontem apresentado junto do Downing Centre Local Court, um tribunal local, para uma primeira análise, sendo que a investigação da ACCC relativamente a outros alegados participantes no cartel ainda prossegue, informa a autoridade reguladora australiana. Motivo pelo qual não são fornecidas mais informações sobre o caso.
Segundo refere a ACCC, esta é a segunda vez que são promovidas acusações criminais contra uma empresa por cartelização ao abrigo das normas sobre a matéria constantes do Competition and Consumer Act 2010, um corpo legislativo australiano que regula o comércio e a concorrência.
O World Maritime News adianta que o primeiro caso foi o da Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK), uma companhia de transporte marítimo japonesa, tal como a K-Line, no princípio deste ano. De acordo com o jornal, a empresa deu-se como culpada.
Ainda de acordo com o jornal, citando a ACCC, a multa máxima para este tipo de comportamento terá o valor mais elevado de um de vários critérios: ou cerca de 7 milhões de euros, ou três vezes o valor do benefício obtido com a cartelização, ou, se o total dos ganhos não for determinado, 10% do volume negócios anual da empresa relacionados com a Austrália.
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