A empresa de navegação iraniana Islamic Republic of Iran Shipping Line (IRISL) está a tentar entrar na Bolsa de Londres (London Stock Exchange, ou LSE), refere o World Maritime News com base em dados recolhidos pela Reuters. De acordo com o jornal, a empresa já terá mesmo desenvolvido negociações para uma possível oferta pública de venda (OPV), ou seja, para colocação das suas acções à venda no mercado de capitais.
A concretizar-se esta operação, seria a primeira vez que uma empresa iraniana seria cotada na LSE desde a Revolução Islâmica de 1979, recorda a Reuters. E não constituiria estranheza, dado que em Janeiro de 2016, na sequência do levantamento de sanções internacionais impostas ao Irão, o país procurou modernizar a sua marinha mercante, realizou contratos de encomenda de navios e retomou relações de comércio marítimo com importantes parceiros ocidentais.
Todavia, o processo atravessa obstáculos. A decisão da actual Administração norte-americana de impôr sanções a cidadãos e empresas do Irão após o lançamento de um míssil balístico iraniano no final de Janeiro parece estar a afastar potenciais interessados em negociar com a IRISL. De acordo com declarações de dois advogados da firma Reed Smith ao World Maritime News, “a mera existência de sanções globais norte-americanas tem um efeito dissuasor dos negócios”.
Segundo os dois advogados,“todos os grandes operadores do sector marítimo estão em cientes das implicações de violarem as sanções norte-americanas e fazem todos os possíveis para o evitar, mesmo que isso lhes custe negócios”.
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