Os portos e a indústria marítima do Reino Unido poderão conhecer uma fase de “renascimento” e prosperidade na sequência do Brexit se o país souber negociar bons acordos comerciais em todo o mundo, referiu ontem à BBC 4 David Dingle, chairman da Maritime UK, uma associação representativa do sector.
Para David Dingle, na expectativa de um alargamento do comércio global, depois de abandonar a União Europeia (UE), o Reino Unido pode beneficiar de uma actividade em que sempre “foi muito, muito bom” e recordou que originalmente a economia britânica assentou no comércio marítimo.
Além da tradição, o chairman da Maritime UK considera que nesta matéria o país tem a seu favor não só as oportunidades concedidas pela nova liberdade comercial, desde que bem aproveitadas, num contexto de comércio marítimo cada vez mais amplo, mas também os serviços marítimos que já presta à escala global e nos quais é líder.
Questionado sobre se esse êxito dependerá somente de bons acordos comerciais, David Dingle admitiu que serão importantes para o futuro do Reino Unido e que a Maritime UK trabalhará com o Governo “para garantir que sector marítimo será um forte beneficiário” desses acordos, “porque se trata de algo em que este país é realmente bom”.
Num relatório da Maritime UK, divulgado na London International Shipping Week e citado em meios de comunicação social, refere-se que a produtividade, o emprego, os resultados e o contributo do sector marítimo britânico para o PIB do país aumentou nos últimos cinco anos.
Nesse período, os resultados do sector melhoraram 12,7%, o valor acrecentado bruto 6,6% e o emprego 3,9%. Paralelamente, a produtividade por trabalhador (85,6 mil euros) ficou acima da média britânica (55,8 mil euros). A retribuição média no sector (43,2 mil euros) também ficou acima da média nacional (30,3 mil euros).
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