Depois de meses de recordes de importações de bens chineses, antecipando a eventualidade de agravamento das tarifas sobre esses produtos, os principais portos retalhistas de contentores dos Estados Unidos já acusam o abrandamento da actividade, que deverá manter-se no primeiro semestre deste ano, refere a norte-americana Federação Nacional de Retalho (National Retail Federation, ou NRF), citada em vários meios de informação internacionais.
A NRF baseia-se no relatório Global Port Tracker (produzido em parceria com a consultora Hackett Associates), que abrange os portos de Los Angeles/Long Beach, Oakland, Seattle e Tacoma, na Costa Oeste, de Nova Iorque/Nova Jersey, Virgínia, Charleston, Savannah, Port Everglades, Miami e Jacksonville, na Costa Leste, e Houston, na Costa do Golfo.
De acordo com esse relatório, os portos abrangidos registaram um movimento de mercadoria em Novembro (o último mês de que há resultados até ao momento) de 2018 2,5% acima do mesmo mês do ano anterior, mas 11,4% abaixo do mês anterior (Outubro de 2018). As perpectivas para Dezembro de 2018 são de um aumento de 3,7% face ao mês homólogo de 2017, o que elevaria em 5,3% o movimento de carga anual relativamente ao movimento de 2017.
Para Janeiro deste ano, as estimativas apontam para uma quebra de 0,9% face a Janeiro de 2018, tal como se prevê para Fevereiro. Para Março, antecipa-se um crescimento de 0,6% face ao mês homólogo de 2018 e para Abril um aumento de 3,7%. Em Maio, estima-se uma queda de 1,3%. Todavia, sabe-se que normalmente Fevereiro e Março são meses de menor movimento porque reflectem uma quebra na procura decorrente de ser um peródo pós-festivo no Ocidente e coincidir com os encerramentos por ocasião do Ano Novo Lunar no Oriente.
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