A Organização Marítima Internacional (IMO) lançou recentemente o projecto Parcerias GloFouling, em colaboração com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP, sigla em inglês), para combater os impactos ambientais negativos da bio-incrustação, segundo meios de comunicação internacionais.
Espera-se que o projecto impulsione a implementação das directrizes da IMO no controlo e gestão da bio-incrustação nos cascos dos navios que provoca um aumento no consumo de combustível que se traduz num aumento das despesas, e representa uma ameaça aos ecossistemas marinhos devido à disseminação mundial de espécies invasoras incrustantes.
Para chefiar o projecto, foram seleccionados 12 países, representando um misto de países em desenvolvimento e alguns pequenos Estados insulares, nomeadamente o Brasil, o Equador, as Fiji, a Indonésia, a Jordânia, Madagáscar, Maurícias, México, Perú, Filipinas, Sri Lanka e Tonga.
A investir está o GEF, com cerca de 6 milhões de euros, para realizar uma série de reformas de governação em âmbito nacional por meio de actividades de capacitação, treino e oportunidades para a adopção de tecnologia. Pelo que se espera que também o sector privado replique o modelo, que é uma mais valia para o sector. Embora a IMO se concentre no transporte marítimo, a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (COI) pretende também unir-se aos três principais parceiros para liderar a abordagem de outros sectores marinhos que possam aperfeiçoar a gestão do problema.
Para estimular e canalizar a participação de empresas do sector privado no desenvolvimento das melhores práticas da indústria em sectores não-marítimos, como a aquicultura e a extracção de petróleo e gás, foi selecionado o World Ocean Council (WOC).
Recorde-se que o fenómeno da bio-incrustação consiste no mecanismo de adesão de organismos a qualquer superfície em água, especialmente no transporte marítimo, aumentando o atrito e o peso dos navios.
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