A Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês), emitiu uma nova norma destinada a avaliar as alterações nos cascos dos navios e o desempenho da propulsão. De acordo com várias informações divulgadas na imprensa, a nova norma – ISO 19030 – pode reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 10% e os custos energéticos anuais em 28 mil milhões de euros na indústria do transporte marítimo.
A medida demorou mais de três anos a ser concretizada e permitirá quantificar como é que soluções técnicas, tais como revestimentos contra as incrustações, contribuem para a minimização daqueles impactos, fornecendo dados valiosos às empresas que lhes permitem estimar o retorno dos seus investimentos nesse tipo de soluções. Os critérios da norma “fornecem uma transparência que faltava na indústria e serão um impulsionador do desempenho ambiental e da eficiência dos navios”, refere Geir Axel Oftedahl, da Jotun, empresa que colaborou o processo.
Os princípios gerais estabelecidos e os indicadores de desempenho definidos são aplicáveis a todos os tipos de navios movidos por hélices convencionais, onde o objectivo é comparar o desempenho da hélice e do casco do mesmo navio ao longo do tempo.
A norma permite uma abordagem dupla. Por um lado, a norma ISO 19030-2:2016 define, por defeito, o método de medição das alterações de desempenho no casco e na hélice, calculando uma séride indicadores básicos e fornecendo orientações sobre a precisão de cada um deles. Por outro, a norma ISO 19030-3:2016 traça alternativas ao método residual. Algumas conduzem a menos precisão mas aumentam a aplicabilidade do critério e outras conduzem a igual ou maior precisão mas incluem elementos que ainda não são amplamente utilizados no transporte marítimo.
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