Em 2016, a Hyundai Merchant Marine (HMM), principal empresa de transporte marítimo da Coreia do Sul, registou receitas de 3,7 mil milhões de euros, menos 18% do que em 2015, mas isso não impediu que a Korea Investor Service (KIS), uma agência afiliada da Moody’s, melhorasse o rating do crédito da empresa de D (default) para BB (estável).
Segundo o World Maritime News, com base em dados da empresa, as perdas líquidas da HMM passaram de 513 milhões de euros em 2015 para 3,5 milhões de euros em 2016, muito devido à venda de activos que levou a cabo durante o ano. Apesar disso, as perdas operacionais aumentaram 198%, de 229 milhões de euros em 2015, para 682 milhões de euros em 2016. A HMM atribui esta discrepância às baixas tarifas dos fretes verificadas durante 2016.
Para a alteração da avaliação feita pela KIS terão contribuído a redução dos encargos financeiros, benefícios resultantes do apoio estatal, a possibilidade de apoio por parte do seu principal acionista e mérito próprio enquanto principal operador de transporte marítimo da Coreia do Sul.
Paralelamente, e apesar de já ter admitido que iria manter perdas até 2018, enquanto procura recuperar da situação adversa do sector a nível internacional, a HMM pretende investir em terminais de contentores no Sudeste Asiático, visando regressar aos lucros, e posteriormente encomendar novos navios, já conformes as exigências da Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês) relativamente à utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre que entrarão em vigor a partir de 2020.
Recorde-se que em Dezembro de 2016, a HMM estabeleceu um acordo de cooperação estratégica com os membros da Aliança 2M, a Maersk Line e a Mediterranean Shipping Company (MSC), que cobre as rotas Leste-Oeste, e tem uma validade de três anos, com opção de extensão do prazo. O acordo está sujeito à aprovação de entidades reguladoras e prevê-se que, se tudo decorrer normalmente, entre em vigor em Abril de 2017.
