Atrair empresas para a ZILS e depois concorrer ao Terminal 2 do porto de Sines
Shanghai Zhenhua Heavy Industries

O Haitong Bank assinou ontem um Memorando de Entendimento com o China Development Bank (CBD) e a AICEP Portugal Global, E.P.E (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) que prevê a formação de um consórcio destinado a captar investidores chineses para a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS) revelou o Jornal Económico (JE), com base em fontes do Banco chinês.

Segundo o acordo, a que o JE terá tido acesso, o objectivo é, numa primeira fase, atrair empresas chinesas para a ZILS, gerida pela AICEP e, numa segunda fase, no quadro de um concurso internacional, concorrer ao financiamento da construção do Terminal 2 do porto de Sines que, segundo o Diário de Notícias (DN), tem uma ocupação de 54%, “pelo que ainda há espaço e infra-estruturas disponíveis para muitas empresas”, refere o jornal.

Para a assinatura deste Memorando de Entendimento contribuiu a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, na China, e em cuja comitiva viajou José Maria Ricciardi, CEO do Haitong, refere o JE. Por outro lado, além do interesse do AICEP em explorar o potencial de desenvolvimento da ZILS, o CBD e o Haitong Bank, com uma boa base de clientes na Ásia, querem expandir-se para a Europa.

Diz também o JE que os subscritores do acordo admitiram promover reuniões para debater formas de dinamizar a ZILS e as informações “que podem ser fornecidas pelo AICEP Global Parques e divulgada pelos bancos Haitong e CDB aos potenciais investidores”. Refere ainda o JE que “o Haitong e o CDB vão abordar potenciais investidores interessados e irão partilhar com a AICEP Global Parques o feedback que obterão desses investidores”.

Citando o Memorando de Entendimento, o mesmo jornal refere que “com base nesse feedback recebido o AICEP Global Parques manterá, quer o Haitong, quer o CDB, actualizado sobre os seus pontos de vista, sobre o desenvolvimento do projecto e sobre as decisões pertinentes relativas ao desenvolvimento de um processo formal.

Para o DN, o que atrai a China neste acordo é a possibilidade de fazer chegar por via marítima contentores com “produtos chineses semi-acabados, terminar a sua produção em solo europeu e conseguir, dessa forma, que esses produtos tenham marca CE”, ou seja, made in EU.

Em declarações à TSF, João Franco, presidente do Conselho de Administração dos Portos de Sines e do Algarve, considerou importante o interesse de um país como a China em investir na zona portuária de Sines.



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