No pior cenário da guerra comercial internacional, a Drewry estima que sejam afectados 1,8 milhões de TEU no transporte marítimo, equivalente a 1% do tráfego marítimo de mercadorias
Drewry

Apesar do impacto da guerra comercial entre Estados Unidos e China seja considerado baixo, o risco da sua intensificação devido a novas taxas pode ser altamente prejudicial para o transporte marítimo, de acordo com dados da consultora Drewry citados pelo World Maritime News.

As estimativas da consultora sugerem que as rotas que cruzam o Pacífico com carga contentorizada serão as mais atingidas com a situação. De acordo com a Drewry, o impacto das taxas norte-americanas sobre as duas primeiras listas de importações sobre produtos chineses afecta 200 mil TEU de carga, mais cenário mais gravoso desta guerra pode afectar 1,8 milhões de TEU, e corresponder à perda de 1% de toda a carga embarcada à escala global.

“O risco actual para procura de porta-contentores é relativamente baixo, mesmo considerando medidas retaliatórias e conflitos com outros parceiros comerciais, mas existe claramente um potencial para que a situação se torne muito mais negra se noas tarifas vierem a ser aplicadas”, de acordo com um analista da Drewry citado pelo jornal.

O maior risco será, porventura, o da imprevisibilidade, associado à potencial perda de confiança sobre a economia global, precisamente quando ela parecia estar em recuperação, refere a consultora. A disputa comercial retira o «brilho» à forte procura de navios registada nos primeiros meses deste ano, induzida pela aceleração da economia mundial.

 



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill