O Grupo Maersk registou lucros de 232,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, em linha com as expectativas, contra 205,8 milhões de euros no período homólogo do ano anterior.
As receitas do Grupo atingiram os 8,1 mil milhões de euros, mais 5% do que em igual período de 2016, especialmente em resultado do crescimento das receitas da Maersk Line (integrada na divisão de Transporte & Logística), que subiram 10%, e da Maersk Oil (integrada na divisão de Energia), que aumentaram 33%.
De acordo com o Grupo, a Maersk Line teve um retorno negativo do capital investido de 1,3%, contra um retorno positivo de 0,7% no mesmo período de 2016, e perdas de 60,6 milhões de euros, contra lucros de 37 milhões de euros no período homólogo do ano anterior.
Na opinião de Soren Skou, CEO da A.P. Møller – Mærsk A/S, a Maersk Line está em linha para ter resultados superiores a 919 milhões euros em 2017, apesar de um aumento de perdas no primeiro trimestre induzidas pela factura do combustível.
O Grupo considera também que a aquisição da Hamburg Süd prossegue de acordo com o planeado e deverá estar concluída no quarto trimestre do ano, sujeita às devidas aprovações das entidades reguladoras. Tal aquisição “proporcionará receitas substanciais, crescimento de volume e quota de mercado e sinergias operacionais de 350 a 400 milhões de dólares por ano a partir de 2019”, refere o Grupo.
A empresa refere, aliás, que já se notam sinergias na unidade de Transporte & Logística, designadamente por efeito do aumento de volume na APM Terminals gerado pela Maersk Line, e pela colaboração entre a Maersk Line e a Maersk Container Industry.
Soren Skou refere igualmente que a “divisão de Energia progride na definição de soluções estruturais sustentáveis para os negócios individuais e foi rentável no primeiro trimestre, com a Mersk Oil a apresentar fortes ganhos”.
O mesmo responsável nota que o preço do petróleo aumentou face ao ano anterior e que o Grupo registou “sinais moderados de aumento de actividade nos mercados off-shore da Maersk Supply Service e da Maersk Drilling”, ambas da divisão de Energia, embora em níveis reduzidos. O foco permanece no custo, na eficiência e no tempo. Por outro lado, o resultado da Maersk Tankers, também da divisão de Energia, foi prejudicado pela deterioração do mercado das tarifas dos fretes, embora parcialmente compensado por poupanças nos custos.
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