De 24 de Abril a 10 de Maio, o novíssimo graneleiro MV Port Orient, pertencente à Marina Topaz Shipping, construído pela Kawasaki/Cosco na China e entregue em Janeiro deste ano, e com pavilhão da Libéria, escalou o porto de Lisboa durante alguns dias para descarregar semente de girassol no cais da Sovena.
O nosso jornal esteve a bordo do graneleiro, numa das raras escalas em Portugal de navios sob gestão técnica e comercial da Portline. “É apenas a terceira vez que um navio da nossa frota actual de graneleiros escala portos nacionais”, referiu-nos fonte da empresa.
De facto, para que um navio da Portline escale Portugal, é necessário que se reúnam vários requisitos: existir carga destinada ao nosso país, um navio em posição de fazer esse transporte (a empresa opera com os chamados trumpers, navios que não estão adstritos a linhas comerciais específicas nem escalam regularmente determinados portos) e uma data para entrega dessa mercadoria.
Anteriormente, dos actuais navios operados pela empresa, apenas o MV Port Dalian fez escala em Portugal. Fê-lo por duas vezes e em ambas “descarregou apenas parte da totalidade da carga carregada, comumente conhecido no shipping como parcel cargo”, referiu-nos fonte da empresa.
Neste caso, está em causa mercadoria embarcada em Constança, na Roménia, num navio fretado à Pacific Basin. São 33 mil toneladas métricas (33 mil toneladas), “uma quantidade correspondente a pouco mais de metade da sua capacidade em toneladas, devido ao facto de o factor de estiva desta carga ser muito alto, isto é, ocupar todo o volume do navio sem atingir o seu deadweight” (porte), que é de 61.500 toneladas, esclareceu fonte da empresa.
Com uma tripulação de 18 elementos, ucranianos e filipinos, o MV Port Orient tem cerca de 200 metros de comprimento, 34.447 GT (arqueação bruta), 20.174 GT (arqueação líquida) e porte de 61,5 milhões de toneladas.
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