Na última semana, o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Gui Menezes, revelou que o Observatório do Atlântico “deverá tomar a forma de associação privada sem fins lucrativos, com sede na Horta”, durante uma interpelação ao Executivo regional, na Assembleia Legislativa açoriana.
Segundo afirmou, “já existem identificadas várias fontes potenciais de financiamento, incluindo dois milhões de euros dos fundos EEA Grants” e já foi criada uma comissão instaladora, na qual os Açores estão representados pelo biólogo Frederico Cardigos.Já terão sido realizadas cinco reuniões, ouvidos vários investigadores e já existirá mesmo um esboço sobre o plano de trabalhos e modo de funcionamento do Observatório do Atlântico.
Na ocasião, Gui Menezes também falou do Centro de Investigação Internacional do Atlântico – AIR Center. Referiu que estão em negociações dois contratos-programas com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que contribuirão para aumentar o emprego científico nos centros de investigação associados ao Air Center.
Segundo referiu, o modelo de governação “deverá aproximar-se do modelo de um projecto que já existe no Mediterrâneo, envolvendo países do Magreb e da União Europeia, o PRIMA”. Já foram realizadas várias reuniões de alto nível da comissão instaladora, na qual os Açores estão representados, e a próxima deverá ocorrer em Novembro.
Sobre este tema, durante a interpelação ao Executivo regional, foi referido que o AIR Center pvisa “estudar fenómenos que só podem ser estudados à escala do Atlântico”, pelo que é importante “envolver vários países e infra-estruturas do Atlântico, no sentido de haver uma recolha de dados que permitam estudar esses fenómenos”.
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