O Governo de Djibouti nacionalizou a empresa concessionária do porto de Doraleh, na qual detém maioria, embora partilhe a administração com a DP World, com a qual mantém um conflito relativo à concessão do porto
Fórum Oceano

O Djibouti nacionalizou a empresa Port de Djibouti SA (PDSA), onde o Governo do país detém maioria, no quadro de uma parceria com a DP World, com a qual está em conflito por causa do contrato de concessão do terminal de contentores do porto de Doraleh, no Djibouti, refere o Maritime Executive.

Segundo a publicação, o Governo de Djibouti considera que a decisão visa proteger os interesse nacionais e de outros parceiros, bem como garantir que a parceria no terminal de Doraleh se adequa à realidade em função da denúncia unilateral do contrato de concessão pelo Executivo do país, em Fevereiro deste ano, decidida por “alegadas irregularidades” e em defesa dos interesses do Djibouti na sua principal infra-estrutura.

A publicação cita o Governo do Dibouti, segundo o qual “a estratégia da DP World, que consiste em opor-se à vontade de um Estado soberano, é irrealista e destinada ao fracasso; em qualquer caso, a proliferação de procedimentos judiciais, as campanhas de notícias falsas e a intimidação contra o Djibouti não terão efeito neste caso; por isso, uma justa compensação é a única opção para a DP World, em linha com os princípios do Direito internacional”.

A decisão de nacionalizar é o mais recente episódio de um processo em curso a que aqui temos feito alusão.

 



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill