Bons preços dos navios e iminência de novas regras induzem saída de navios tanque do mercado
EMSA

Ao longo dos próximos cinco anos, deverá prosseguir uma vaga de desmantelamento de VLCC (very large crude carriers, navios tanque com um porte entre 180 mil e 320 mil toneladas) induzida pelos bons preços da actividade e pela iminência de novas regras ambientais aplicáveis ao transporte marítimo, refere o World Maritime News com base numa previsão da consultora e corretora McQuilling Services.

Segundo o jornal, este ano, 10 VLCC devem abandonar a frota mundial e em 2018 mais 23 deverão seguir o mesmo destino. Depois disso, nos três anos seguintes, em média, 34 VLCC deverão de deixar de estar ao serviço anualmente. Nos últimos anos, o ritmo de desmantelamento destes navios tem permanecido estável, apesar das pressões financeiras sofridas pelos donos de VLCC.

De acordo com a corretora, citada pelo jornal, se se confirmar este ritmo de desmantelamento de VLCC, isso poderá contribuir para repor algum equilíbrio no mercado desta frota a nível global. Ao longo dos últimos cinco anos (até ao final de 2016), esta frota expandiu-se em 117 navios e no primeiro trimestre já deste ano 17 novos VLCC entraram na água, contra apenas dois que deixaram o mercado.

Além disso, a McQuilling Services identificou já 14 novas encomendas de VLCC realizadas no primeiro trimestre de 2017, pela TMS Tankers, NS Lemos, DHT Holdings, Kyoei Tanker e o grupo Angelicoussis, mais três da Shandong Landbridge, sem esquecer uma opção de mais uma da Neda Maritime, o constituiu o nível de encomendas mais elevado registado neste período desde 2014 e gerou alguma preocupação entre os operadores deste segmento.



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