Ficou deserto o concurso lançado pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP) para a concessão do design, desenvolvimento, financiamento, construção, operação e manutenção de um novo terminal próximo de Corozal, na entrada do Canal voltada para o Pacífico, revelou o World Maritime News.
Segundo o jornal, as propostas deviam ter sido entregues até 3 de Março e existiam quatro operadores pré-qualificados em concurso: a APM Terminals, a Terminal Investment Limited, a Terminal Link e a PSA International. O prazo já tinha sido prolongado duas vezes para dar tempo aos operadores de ajustarem as suas propostas, refere o jornal.
Em casa está a concessão de uma operação por 20 anos, no âmbito de uma estratégia de diversificação da ACP, que envolve a construção de uma doca com cerca de 2 quilómetros, um armazém, escritórios e uma área para contentores com capacidade para movimentar mais de 5 milhões de TEU, numa área de 120 hectares detida pela autoridade do Canal.
Segundo já foi adiantado na imprensa, o projecto é para desenvolver em duas fases segundo o modelo de «porto verde». Uma, com 1.350 metros de docas, uma área para contentores, super-estruturas e três docas para escalas simultâneas de navios Neo Panamax (366 metros de comprimento e 120 mil toneladas de peso morto (deadweight tonnage, ou DWT). No total, poderiam movimentar cerca de 3 milhões de TEU por ano. A segunda fase inclui 731 metros de cais, com uma capacidade operacional para dois navios Neo Panamax suplementares e de movimento de dois milhões de TEU anuais.
- Os Portos e o Futuro
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística